Não me fio em dinheiro. Prezo o afeto, a solidariedade, o caráter, a franqueza, a lealdade.
Conjugo o verbo. E, no entanto, é na ação que vejo a luz ou a treva.
Aprecio a ingenuidade, a inocência. Mas, abomino quem se serve delas como arma de submissão.
Creio no idealismo e desconfio dele quando servido ao gosto do freguês.
Adoro a rebeldia. É ela que não nos deixa reféns da imobilidade e da acomodação.
Aceito as meias-verdades, desde que não adormeçam placidamente em nossa bagagem de vida sem merecerem revisão à luz de novos e coerentes argumentos que surjam adiante.
Confio, sim, em Deus, mas não naqueles que se apresentam como seus porta-vozes e o trancafiam em religiões.
Não desdenho das migalhas, dos cacos, das aparas. Sei que já formaram um todo em algum momento.
Vitórias e derrotas, certezas e dúvidas, vigor e desatino são o mundo interno, de cada um, em formação. É a dinâmica da evolução em curso.